Como Água Para Chocolate
- maropenews
- 28 de abr.
- 3 min de leitura
O romance da escritora mexicana Laura Esquivel,que em 1992 já havia ganhado um filme, chamou a atenção da Prime Vídeo e, em 2024, nos apresentou uma história angustiante em formato de série.

Reprodução: Terra
Como Água para Chocolate não tem nada a ver com o doce apaixonante que nos dá prazer e felicidade .Descobrimos isso da pior forma possível ao assistir a nova aposta da Prime Vídeo. Na Verdade o título do romance também faz jus a série e ao Trauma cinematográfico antigo.
A expressão " água para chocolate" é comum na cidade do México. O país latino-americano utiliza tal contexto Espanhol para caracterizar algo raivoso do qual existem poucas chances de dar certo e pode ser sem graça.
Apesar disso, a mistura para os latinos cheios de tradições é estranhamente comum,o que, segundo o site de busca Google, também nomeia uma bebida tradicional substituta ao café.
Diversos termos utilizando a expressão espanhola podem ser interpretados quando dermos a chance de apreciar uma obra audiovisual literária.
A história acompanha a vida amarga de Tita De La garça e seu amor de uma vida, Pedro,um dos protestantes e revolucionários, combatente contra o controle militar e político de 1910 na história do México.
Uma história amarga,e, como é de se esperar, devido à época e gosto popular do público,cenas eróticas compõe o caos.Mas,Tita Pedro que é bom,apenas nos passam cheiro de tesão e mais nada.
Achamos que, muito provavelmente, não iremos abandonar a vontade de ver os dois na cama, nem na segunda temporada, pois a série parece estar disposta a levar a gente no limite e junto com eles pedir por uma cena e um conteúdo sexual bem digno para angústia da protagonista.
Rejeitada pela mãe, a última filha,é criada nos fundos da casa pela cozinheira da família quase nobre .Antes a história fosse só a tensão sexual. Mas Tita não precisa ganhar na loteria do azar.
Ao que parece,o projeto de gente,mesmo antes de nascer,gostou de saltitar na fila da ferida que borbulha sangue quem se ver.
Uma mãe imprestável .Que é o inferno materializado na terra, só porque não conseguiu também ficar com o amor que testava a reação da sua pele e a levava ao limite do desejo.
Tita não pode se casar. Sendo a última na família, a tradição da Érica é que ela fique aos cuidados da velhice da mãe, enquanto as duas maiores sortudas, que ela chama de irmãs,casaram-se, com quembem se dispuser ao feito. A época da obra diz que: A realização de uma boa criação e do bom trabalho feito com mamãe,é transformar as filhas em bens Casáveis.
Dissemos filhas. Não nos referimos a Tita.Dizer isso realmente nos deixa queimando por dentro. Com vontade de quebrar a tela do Notebook ou a tela da própria TV que custa caro.
Quem escreve essa obra para audiovisual tem a obrigação de matar a Elena. Seja afogada, estrangulada, cheia de feridas de faca,tantas opções; espero que não joguem essa mulher no esquecimento como ela fosse sumir e não voltar mais, porque depois dessa temporada,queremos,(eu quero), justiça.
O ponto de alívio dessa proposta, acreditem ou não, é a comida. Os Episódios têm títulos e amarras com pratos e sobremesas bem apetitosos.Todo conteúdo tem como plano de fundo as guloseimas preparadas pela protagonista.
A narração fica a cargo de uma parente da mocinha sofredora, que até o momento, não sabemos quem é e se é deste século.
Mas o frescor que dá cada receita e antes do fogo aparecer, seja lá qual for o tipo de Fogo apresentado,dá mais água na boca,do que qualquer fogo ardente da Tita por Pedro.
Aconselhamos tomar um calmante antes de consumir a série. Ela irá te levar para o limite do inaceitável. Ainda temos muito sofrimento pela frente e também muita fome para passar.Alertamos essa última frase no duplo sentido.
Por Marina Magalhães Prizan
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