Presidente Lula Passa por Cirurgias de Emergência
- Rogério Marope
- 16 de dez. de 2024
- 3 min de leitura
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de 79 anos, foi submetido a duas cirurgias de emergência nesta semana, após procurar atendimento médico devido a indisposição, mal-estar e fortes dores de cabeça na segunda-feira (9). Durante os exames, foi identificado um hematoma subdural na região craniana, o que levou a equipe médica a decidir pela realização de um procedimento chamado trepanação, utilizado para drenar o acúmulo de sangue e aliviar a pressão intracraniana.

Lula passa por procedimentos de emergência e segue em recuperação. — (Reprodução: CartaCapital)
Segundo o boletim divulgado pelo Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde Lula foi internado, a cirurgia correu bem, e o presidente apresentou uma boa resposta clínica. A equipe médica responsável destacou que o hematoma foi removido com sucesso e que o procedimento seguiu sem complicações.
Sintomas e Diagnóstico
Os sintomas começaram durante o dia de segunda-feira, quando Lula relatou sensação de mal-estar, tontura e dores persistentes na cabeça. De acordo com fontes próximas à Presidência, o desconforto foi inicialmente atribuído ao cansaço decorrente de uma intensa agenda de compromissos. No entanto, a persistência dos sintomas levou à decisão de buscar avaliação médica mais detalhada.
O incidente é consequência do acidente doméstico que Lula sofreu em outubro deste ano. Depois que ele retomou as atividades públicas, foi visto com pontos na parte inferior da nuca. O hematoma, porém, estava localizado em outra parte da cabeça: na parte inferior da nuca. O hematoma, porém, estava localizado em outra parte da cabeça: na parte superior, do lado esquerdo.
A trepanação, procedimento realizado em Lula, é uma técnica neurocirúrgica usada para tratar hematomas cranianos. Consiste em abrir pequenos orifícios no crânio para permitir a drenagem do sangue acumulado e aliviar a pressão intracraniana, que, se não tratada, pode causar danos neurológicos severos.
Além da trepanação para tratar o hematoma subdural, o presidente também precisou passar por uma embolização, um procedimento minimamente invasivo utilizado para bloquear o fluxo de sangue em uma artéria. Essa técnica é frequentemente empregada para tratar aneurismas, malformações arteriovenosas ou outros tipos de sangramentos.
No caso de Lula, o procedimento foi realizado com o objetivo de conter um possível vazamento em um vaso sanguíneo identificado durante os exames iniciais. A embolização é feita por meio da introdução de um cateter em uma artéria, geralmente na região da virilha, que é guiado até o local do problema. Lá, o fluxo sanguíneo é interrompido de forma controlada, utilizando materiais como microesferas, espirais metálicas ou colas específicas.
De acordo com os médicos, a embolização foi bem-sucedida e contribuiu para estabilizar o quadro do presidente, minimizando os riscos de novos sangramentos intracranianos. “A realização do procedimento foi crucial para prevenir complicações futuras, garantindo maior segurança ao paciente durante sua recuperação”, afirmou a equipe médica em nota oficial.
Combinado à trepanação, o tratamento realizado reflete a complexidade do quadro clínico inicial, mas também a eficácia das intervenções modernas na área da neurocirurgia e da medicina vascular. Lula segue em recuperação, e sua evolução está sendo monitorada atentamente pelos especialistas.
Recuperação e Monitoramento
Após a cirurgia, Lula permanece em observação na unidade de terapia semi-intensiva do hospital. Segundo os médicos, a recuperação segue dentro do esperado para procedimentos desse tipo. O presidente já está consciente, conversando normalmente e recebendo visitas dos familiares.
Apesar da boa evolução, a equipe médica adotou uma postura cautelosa, com foco no monitoramento de eventuais complicações e na realização de exames periódicos para avaliar a cicatrização.
Por: Clara Beatriz Ferreira
Comentários